A constante evolução da cibercultura faz com que o internauta esteja cada vez mais aptos para interagir com interfaces na web, na busca pela informação personalizada, esse evoluído receptor relaciona-se com o ambiente digital das entidades que lhe apetece e não admite perder tempo ou ter dificuldade para compreender a lógica navegacional dentro da estrutura virtual. Este artigo aborda exatamente a importância da comunicação dessas interfaces (websites) ser centrada nas expectativas do visitante. A criação de uma sensação de conforto durante a navegação da pessoa no website, se traduz na oportunidade de gerar um conceito positivo para a organização que oferece essa interatividade.
De fato vivemos o período da comunicação one-to-one. Tempos em que as evoluções sociológicas são alavancadas pela globalidade, velocidade e interatividade das novas plataformas tecnológicas de informação e comunicação. Tempos em que os novos media passam a ser melhor compreendidos e utilizados cotidianamente pelas pessoas e em que as mensagens se tornam individuais para cada receptor. Receptor? Esse sujeito não existe mais de forma passiva. Ele evoluiu, juntamente com os meios de comunicação, e é um personagem ativo, um tomador de iniciativas e, por vezes, é co-autor na construção da mensagem. Conforme o filósofo do ciberespaço Pierre Levy2, tudo isso nos leva a crer que hoje vivemos um momento de “universalidade sem totalidade”. Universal porque as pessoas se interconectam através da Internet e criam uma inteligência colectiva. E sem totalidade porque essa rede de interacção oferece
mensagens que atendem a vontade de cada pessoa.
A partir desse entendimento, de que a comunicação se encontra num processo de mudança de paradigma (devido às novas tecnologias), em que a informação está disponível para todos porém os interesses são diferenciados, é possível identificar que a sociedade se reorganiza em diversas tribos de receptores ativos e afoitos pela busca de serviços, produtos ou informações através da interacção com interfaces digitais. E é
exatamente nesse ponto que o decorrente artigo tem seu foco: na importância das organizações planearem estrategicamente a comunicação interativa de seus ambientes na web com foco no usuário. Em outras palavras, tornar o palco propício para uma boa relação homem-máquina.
Apesar de ter um carácter coadjuvante nessa mudança de paradigma, mas não menos importante, a centralização do usuário na construção de interfaces para a World Wide Web (www) é de extrema importância para que os visitantes realizem de forma rápida, eficiente e confortável a sua tarefa no ambiente digital. Essa usabilidade, disciplina conhecida dos engenheiros de softwares e analistas de sistemas, ganha importância no dia-a-dia dos comunicadores responsáveis pelo projeto do website da organização. É
como o médio defensivo da equipa de futebol, que não chama a atenção dos adeptos com fintas magníficas, mas é responsável por organizar e estruturar o conjunto na busca do objetivo maior: a vitória. No caso, a satisfação do internauta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário